segunda-feira, 28 de abril de 2008

Topo e fundo

Bola na gaveta
  1. Muito se falou, ao longo da semana, que o FC Porto iria facilitar na deslocação a Guimarães e "oferecer" os três pontos ao Vitória, com o intuito de prejudicar os rivais de Lisboa. Até mesmo entre os adeptos azuis e brancos não faltava quem não se importasse ver o seu próprio clube perder. Muitos sobrolhos se levantaram ao ver o onze inicial dos campeões nacionais sem quatro titulares. Duas horas depois, não sobrava pedra sobre pedra no castelo. Os dragões varreram por completo a equipa vitoriana, numa demonstração de orgulho, calando as milhares de vozes que os acusavam antes de tempo de facilitismo. O campeão não brinca em serviço, e o jogo de Guimarães foi a cereja no topo do bolo duma campanha (quase) perfeita na Liga.
  2. O Villarreal continua a protagonizar milagres na liga espanhola. Nos últimos anos o submarino amarelo tem coleccionado boas classificações, e chegou mesmo a alcançar as meias finais da Champions. Este ano, apesar dum começo de época para esquecer, foi crescendo e a quatro jornadas do fim é já a única equipa que pode impedir o Real Madrid de se sagrar campeão. O obreiro deste super-Villarreal é o chileno Manuel Pellegrini, precisamente o homem que todos os apreciadores de bom futebol odiaram por dispensar Riquelme. Neste momento, quando dispõe de quatro pontos de vantagem sobre o terceiro, o milionário Barcelona, a quatro jornadas do fim, alguém é capaz de dizer que ele estava errado?

Bola para a bancada
  1. Para quem pensa que este tipo de coisas só acontece em Portugal, fica o registo: após o final do Chelsea-Man. United quatro jogadores dos Red Devils envolveram-se num incidente com alguns elementos do staff de apoio do Chelsea, quando procuravam fazer um treino de descompressão no relvado de Stamford Bridge. Claro que já começaram as trocas mútuas de acusações, num cenário que nós por cá conhecemos bem, mas que não é totalmente alheio noutras paragens, mesmo nas mais desenvolvidas em termos de fair-play.
  2. Sir Alex Ferguson entrou nos dois últimos jogos com mais medo de perder do que vontade de ganhar. Quando tal acontece diz-se que é meio caminho andado para a derrota. Com o mestre escocês tal não é verdade, mas os jogos com Barcelona e Chelsea foram maus demais. É certo que em Londres perdeu devido a um penalti duvidoso, mas a verdade é que o United só se lembrou que haviam duas balizas quando esteve em desvantagem. O Boss, como é conhecido em Old Trafford, arriscou ao não arriscar, e agora arrisca-se a tudo perder no sprint final, depois de ter deixado a forte sensação de que a sua equipa foi a melhor na Europa esta temporada.

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